DIRETOR NACIONAL DA POLÍCIA JUDICIÁRIA EXORTA AO GOVERNO A EXPANDIR O SERVIÇO PARA AS REGIÕES  

O Diretor Nacional da Polícia Judiciária, Domingos Monteiro Correia, reconheceu que existe uma necessidade de expansão de serviços judiciários para as regiões do país, ou seja, em todo o território nacional, com o intuito de permitir que os cidadãos guineenses tenham a justiça e a segurança, independentemente da sua localização geográfica.

Monteiro Correia, que tem a categoria do inspetor coordenador, fez esta chamada de atenção às autoridades nacionais durante a sua intervenção na cerimónia de abertura do segundo curso de formação de agentes de investigação criminal da Polícia Judiciária (PJ) realizada esta segunda-feira, 02 de dezembro de 2024, no salão da reunião do Palácio da Justiça.

O segundo curso de agentes da investigação criminal decorre no centro de preparação de João Landim, nos arredores de Safim, região de Biombo, no norte da Guiné-Bissau, e terá a duração de quatro meses. Conta com 100 agentes recrutados, dos quais serão selecionados 90 para admissão na PJ.

O diretor nacional da PJ destacou, na sua intervenção, o trabalho notável que a instituição que dirige tem realizado, contudo reconheceu que os êxitos são sustentados pelos valores fundamentais da instituição, que, de acordo com a sua explanação, assenta na confiança, integridade e na justiça.

“A Polícia Judiciária enfrenta desafios significativos no que concerne à limitação dos recursos orçamentais e a ausência de uma sede própria adequada, são entraves que comprometem a eficácia nos serviços”, alertou o diretor nacional, contudo disse que a falta do reconhecimento de progressão de carreira dos servidores da Polícia Judiciária desanima, “levando a perda de talentos valiosos e desânimo dos que servem a nação com bravura e dedicação”.  

Domingos Monteiro Correia aproveitou a ocasião para pedir ao governo no sentido de corrigir a grande injustiça, ou seja, a situação dos veteranos da polícia que continuam a ser privados dos seus direitos a uma promoção justa para a aposentação”.  

PR SISSOCO EXORTA À POLÍCIA JUDICIÁRIA A ASSUMIR O COMBATE À CORRUPÇÃO NO PAÍS

Convidado para presidir à cerimónia no sentido de encorajar à Polícia Judiciária na sua luta contra a criminalidade organizada, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, disse que o curso de agentes de investigação criminal da Polícia Judiciária faz parte de uma orientação estratégica do governo que exprime a necessidade fundamental do estado de direito democrático. 

Exortou, na sua intervenção, à PJ, no sentido de assumir plenamente a responsabilidade de combate à corrupção no país, agindo com base nos princípios da imparcialidade, legalidade e independência, frisando que “o combate à corrupção exige uma resposta muito firme”.

“Dar resposta a esta necessidade implica a construção institucional dos serviços de uma justiça criminal robusta, capaz de enfrentar os desafios que ameaçam à consolidação da paz, a estabilidade social, a segurança dos cidadãos e o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau”, assegurou o chefe de Estado guineense, para de seguida chamar a atenção a PJ, que hoje o crime organizado e o tráfico de drogas representam sérias ameaças à segurança nacional.

O Presidente da República afirmou que a corrupção tornou-se um flagelo que compromete as aspirações ao desenvolvimento económico, como também quebra a confiança nas instituições democráticas e agrava a percepção de injustiça social.

“Para fazer face aos desafios que estas ameaças representam, o governo concebeu e aprovou o Plano Integrado de Combate ao Tráfico de Drogas, Crime Organizado e Redução de Danos que estão a ser implementados”, contou, para de seguida exortar que há uma necessidade de a Guiné-Bissau continuar a apostar numa política de cooperação internacional, capaz de dinamizar parcerias eficazes.

Apesar de reconhecer os sucessos recentemente alcançados pela Polícia Judiciária no combate ao tráfico de droga com o apoio de parceiros internacionais, o Chefe de Estado advertiu que a PJ tem um papel central a desempenhar no combate à corrupção e que, por isso, comprometeu-se a não poupar esforços em adoptar a PJ com mais recursos humanos, equipamentos técnicos e mais recursos financeiros.

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